segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Insurgente

O Insurgente, ou melhor, os Insurgentes, conseguem, quase sempre, defender veementemente as suas opiniões, sem deixar de respeitar as opiniões dos outros (uma referência especial, neste aspecto, para o André Abrantes Amaral). Coisa rara, portanto. São, também por isso, a melhor voz liberal da blogosfera (meio empatados com o A Arte da Fuga).
Parabéns pelo aniversário. E espero que o João Miranda concorde.

NG

domingo, fevereiro 26, 2006

Monotonia

Começa a ser monótono ganhar ao Porto.

NG

mAMA

O maradona é um gajo que tem cultura futebolística. Mas tem mesmo. É um gajo que sabe, por exemplo, que os anos 80 foram muito mais que Whams e DuranDurans, e toda essa fauna meio adamada. Os anos 80, acima de tudo, foram o patada atómica a marcar golos ao Dassaev, o Rummenige a fazer milagres no prolongamento do França-Alemanha de 82, o Chalana e o Jordão a quase vergarem o Platini, o Maradona a fazer slaloms, o calcanhar do Madjer. E o maradona sabe isto. E sabe mais. E por isso, e apesar de o dito cujo ter o não dispiciente defeito de ser lagarto, também eu quero mAMA (maradona Ao Mundial da Alemanha), lançado pelo Glória Fácil.
Espero que o João Miranda concorde.

NG

actualização: afinal o memória inventada é que está a tomar as rédeas da coisa. Ora bem: Nuno Graça, ex-futuro melhor jogador do mundo, Lisboa

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Correcção: Benfica 1 Liverpool 0

Ontem ganhámos. Mas vamos ter na mesma jogo épico na segunda-mão: 1-2.

NG

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Benfica 0 Liverpool 0

Amanhã empatamos a zero. Depois, vamos ter jogo épico na segunda-mão: 1-2.

NG

Inquietações de segunda de manhã

Porque que é que ainda não fui condecorado por Jorge Sampaio? O que tenho a menos do que os outros 3 milhões, seiscentos e cinquenta e dois mil, quatrocentos e vinte e seis? Terei que comprar um chapéu de cowboy? E se comprar, vão pensar que sou gay?

NG

sábado, fevereiro 18, 2006

Todos a cantar comigo, vai

"Raispartó Noddy
La, la, la, la, la, la
(nhec, nhec, nhec)
Raispartó Noddy
La, la, la, la, la, la
(nhec, nhec, nhec)"

NG

p.s. felizmente a minha filha não liga puto ao Noddy. Prefere pão.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Lenha para me queimar

Acabei de instalar:
1. o Skype;
2. uma web cam.

Quero isto dizer que nunca mais posso tocar no PC em casa, porque a minha mulher vai passar horas infinitas à conversa com esta emigrante, que por acaso é irmã dela.

Ambas padecem de um mal muito comum nas gajas: interminabilidade de conversa. Não tem cura, nem se trata. (acho eu...confirmas JC?)

Não se admirem, por isso, se eu reduzir drasticamente a cadência de postagem.

NG

Carnaval

Gosto tanto do Carnaval como de levar marteladas nos dedos. Fico sempre bem fechadinho em casa durante esta época, preservando a sanidade mental.
Até que um gajo é pai, e na escola os putos mascaram-se. Catano! A minha filha (para óbvio orgulho do pai) não gosta nada dessas cenas. Mas ainda assim, e sob pena de apanhar um trauma qualquer por ser a única que apresenta um ar normal, na sexta-feira temos que a mascarar.

Eu sugeri mascará-la de "menina invisivel". O único problema é um dos pais ter que ficar em casa. De resto, é perfeito!

NG

Manias

Respondendo ao repto do Deitado ao Sol, que passa por

"Cada bloguista participante tem de elencar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do "recrutamento". Ademais, cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blogue “, aqui estão as 5 manias (eu não me diferencio grandemente do comum dos mortais - felizmente)

“Ver o Benfica na TV sozinho
Comer arroz sem pingo de molho
Nunca usar fato sem usar gravata
[ai-dia]
Palhaço
”,

e os 5 bloguistas

Gabi, Gaguinho, Rita, JC e PN.

NG

Se calhar é isto

Ide ver, ide

Um site altamente licencioso.

NG

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Falta de informação ou de aquecimento? ou Quem não tem cão caça com gato

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Sindicalista

A relação com a minha filha, nos últimos dias, parece uma negociação com um sindicato:
- Queres leite?
- Nhão!
- Vamos vestir o casaco?
- Nhão!
- Não queres ir à rua?
- Nhão!

NG

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Guts, sense and sensibility

Gabi,

- a Liberdade de Expressão é um direito, não uma obrigação.
- "Saber usar a Liberdade de Expressão" implica a definição prévia de como a mesma se deve "usar". Ninguém tem o direito de o definir. Mas há quem tente: Salazar, só para referir o ditador mais próximo, fê-lo.
- Como adepto incondicional da Liberdade de Expressão, vou terminar com uma afirmação pouco sensível, quiça até algo irresponsável: o teu Belenenses não joga nada.

A reacção não passará!

NG

Democrata: ou se é ou não se é

Neo-reaccionários

A liberdade de expressão tem limites, segundo alguns. Esses limites, segundo alguns, são determinados por aquelas opiniões que poderão causar a morte de terceiros ou mesmo causar guerras. Ou, numa versão mais politicamente correcta, os limites são os do bom senso, ou do bom gosto. Sugiro, então, que se crie um Índex protector da Liberdade de Expressão Com Limites. E vamos lá colocar todas as obras desrespeitadoras das sensibilidades alheias: cartoons, artigos de opinião, livros, filmes, tudo aquilo que possa provocar reacções violentas de terceiros. Começando pela religião muçulmana, vamos proibir a publicação de cartoons utilizando Maomé; vamos aconselhar Pacheco Pereira, Miguel Sousa Tavares, Vasco Pulido Valente, João Pereira Coutinho e dezenas de outros, a mudar de tema; vamos evitar novas edições da “Divina Comédia”, não vão começar a queimar também bandeiras italianas. E prevenindo uma deriva violenta de um qualquer grupo mais radical de cristãos, vamos pedir a António que peça publicamente, e finalmente, desculpa pelo infame cartoon do Papa com o preservativo; vamos lá fazer o favor aos ultra-Conservadores Americanos (estes tipos também têm armas, sabiam?) e acabar com as teorias ofensivas de Darwin nas escolas. E ainda, conhecendo-se a hiper sensibilidade dos elementos da claque Super Dragões, porque não evitar criticas ao FCP para evitar distúrbios e a possibilidade da morte de terceiros?

Paradoxalmente, ou não, são vozes de esquerda quem mais advoga os limites da Liberdade de Expressão. Para eles, um recado, que conhecem bem: a reacção não passará!

NG

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Liberdade, azeite e água

Já aqui se falou das conquistas de Abril – do passe social – das liberdades de cada um, do espaço de cada um e do respeito pelo próximo – ou até mesmo pelo anterior.
Já aqui se discutiram opiniões contrárias, choques tecnológicos, choques de culturas, choques eléctricos, choques de frente.
Por este [ai-dia] já passou muito do que nos ia na alma. Já passou muito do que sentimos e do que somos.
Esta é a nossa liberdade.
Porque há outras. Há a liberdade constitucionalmente aceite de apredejar uma mulher porque foi infiel ou desrespeitou os seus deveres matrimoniais. Há a liberdade socialmente aceite de se castigar com vergastadas uma criança porque desobedeceu aos seus pais. Há liberdade de se condenar à morte por lapidação alguém que teve um filho fora do casamento ou a liberdade de se impedir que alguém olhe para outrém olhos nos olhos. Todos estes actos são reflexos de uma liberdade, de uma cultura, de uma tradição. Todos estes actos são reflexos de uma realidade que, enquanto escrevo, acontece.
Uma pira em Nova Deli não é um crematório no Alto de S. João.
Passar dias sem comer é dieta forçada; não é sacrifico religioso.
Valerá se calhar pensar que o que nós achamos de hediondo, outros acharão divino. Que muito do que nós achamos repugnante, outros acham o expoente máximo de um qualquer ideal.
Ideal seria então pensar um bocadinho antes de nos insurgirmos contra a insurreição armada que grassa pelo médio oriente.
Sentir-se-ão as pessoas ofendidas no direito de retaliar?
É óbvio que sim, uma vez que essa liberdade está consignada nos seus direitos básicos. Nas suas básicas liberdades.
Aceitamos nós ocidentais essa forma de repúdio face a uns meros desenhos?
Claro que não, uma vez que a nossa realidade é bem diferente e não pegamos em armas cada vez que nos queremos insurgir.
E esta nossa arrogância de ocidente civilizado onde grassa o desrespeito e a indiferença? É uma marca que temos, a de civilizados do hemisfério norte por oposição aos labregos lá de baixo. São os pretos, os árabes, os talibans, os terroristas. São todos os que não são como nós. Basta pôr uma etiquetazita e resolve-se a coisa. São diferentes? Põe-lhe o rótulo. E se conseguíssemos acabar com esta praga dos “panascas” então é que era. Isso é que era. De vez em quando sente-se um cheirinho a “pureza da raça” no ar. Um arzinho ariano. Um toquezinho muito ligeiro – porque isso é feio e nós somos muito civilizados e isso não se faz nem se diz. Mas pensa-se.
O mundo é demasiado grande para homogeneizar. Não é assim e nunca será.
Neste caso, são duas realidades que a história se encarregou de provar não conseguirem uma coabitação saudável e próspera. Não é possível. Não conseguimos jogar juntos. Não entendemos e não queremos entender tanto quanto os outros nos querem entender a nós. E não adianta dourar a pílula com muçulmanos ocidentalizados e vice-versa.
Água e azeite não se misturam. Não adianta abanar. Basta respeitar. E a liberdade para o fazer, nós temos. Todos.

Re: Poder de Encaixe

Caro Gabi,

Por falta de tempo, só vou responder ao teu post mais tarde (para além disso, vou contactar o Pacheco Pereira para estudarmos a hipótese de escrevemos a resposta em conjunto). Para já, e como início de conversa, transcrevo uma nota sobre o tema, do Pedro Mexia, no Estado Civil (aconselho a leitura integral do post):

“Podemos criticar, satirizar e atacar todas as ideias e convicções, incluindo as religiosas. É isso que define a liberdade. Quem se sente ofendido protesta, responde, escreve cartas, faz petições, organiza boicotes, exprime o seu desagrado por meios pacíficos. Contesta as opiniões, não contesta a liberdade de expressão.”

NG

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Ainda sobre Freitas do Amaral

No seu* comunicado, Freitas do Amaral não "lamenta e discorda" do conteúdo dos cartoons, mas sim da sua "publicação". Este pormenor não me parece irrelevante. O "respeito" que ele entende ser um "direito" de qualquer crente, seja qual for a religião, passa por não não se "publicar" nada que possa por em causa esse "direito" a "respeito".
Pode-se daqui inferir, que por Freitas do Amaral, o sketch do Herman sobre "A última ceia" não passaria na TV; os DVDs dos Gato Fedorento não estariam à venda; "A vida de Brian" dos Monty Pithon nunca teria chegado aos cinemas; and so on. A isto chama-se, deixa ver se me lembro...ah, censura, é isso. Se tiver tempo, vou envelopar um lapizinho azul, e mandá-lo para o Palácio das Necessidades.

NG

* No seu comunicado, sim, porque Freitas do Amaral não falou em meu nome, nem em nome de muitos outros.

re: SLB (resposta ao estilo Estado Novo, perdão, Freitas do Amaral)

Lamento e discordo da publicação do post SLB, subscrito por Gabi, que inclui referências ("benfas" e "lampiões") que ofendem as crenças ou a sensibilidade clubistica dos benfiquistas.
A liberdade de expressão, como aliás todas as liberdades, tem como principal limite o dever de respeitar as liberdades e direitos dos outros.
Entre essas outras liberdades e direitos a respeitar está, manifestamente, a liberdade clubistica - que compreende o direito de ter ou não ter clube e, tendo clube, o direito de ver respeitados os símbolos fundamentais do clube que se apoia.
Para os benfiquistas esses símbolos são as figuras da Águia e de Eusébio, o Pantera Negra.
Todos os que apoiam esse clube têm direito a que tais símbolos e figuras sejam respeitados.
A liberdade sem limites não é liberdade, mas licenciosidade.
O que se passou recentemente nesta matéria neste blogue é lamentável porque incita a uma inaceitável «guerra clubistica» - ainda por cima sabendo-se que os três clubes mais populares (Benfica, Sporting e Belenenses) foram todos criados na mesma cidade, Lisboa.


NG

terça-feira, fevereiro 07, 2006

"A culpa, a Grande Culpa, é, evidentemente, dos caricaturistas."

Sobre o tema do momento (para alguns, para mim o raio do Costinha ainda me está atravessado), leiam "Como insultar todos os cartoonistas do mundo numa coluna de jornal...Ou A culpa, a Grande Culpa, é, evidentemente, dos caricaturistas.", por José Bandeira, cartoonista.

NG

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Compreensão

Há que compreender a reacção algo agressiva para com alguns nórdicos, daqueles que se sentem ofendidos quando brincam com valores que para eles são sagrados.
Também eu, depois do que se passou no sábado, sinto que um nórdico anda a brincar com um valor sagrado. E estou-me a sentir um bocadinho agressivo.

NG

domingo, fevereiro 05, 2006

Problemas

O jog de onte tev problem . Entr outr , um grav de finalizaç .

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Soup with the milk of my tits

Direitos de «O Codex 632» vendidos para EUA e Espanha.

NG

p.s. para quem não tenha percebido o título do post, o que quer dizer que não tem estado em Portugal nos últimos meses, aconselho a leitura deste post no Esplanar.

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

What about Lithuania?

Na escola da minha filha, gostam de envolver os pais numas cenas. Essas cenas envolvem sempre trabalhos manuais e segundo os costumes desta nossa sociedade decadente, esse tipo de trabalhos cabe exclusivamente aos pais. Ora, este pai tem umas mãozinhas tipo Eduardo Mãos de Tesoura com lâminas rombas, o que torna a coisa um pouco dificil. Mas tem a vantagem de os trabalhos sairem sempre originais (a àrvore de natal que eu fiz em cartolina parecia obra do Gaudi).
A encomenda mais recente, foi fazer (não necessariamente só pintar) uma bandeira de um país. O sorteio ditou-me a Lituânia. Pensei que seria engraçado basear a obra em qualquer coisa conhecida da Lituânia, como...o quê? O problema é esse: tirando o Sabonys, que só um sólido adepto de basket conhece, não há porra nenhuma nesse país que seja conhecido. Alguém conhece os famosos pintores lituanos Ciurlionis e Kalpokas? Acho que me vou agarrar aos belos dos lápis de cor e pronto.

NG

Fórum TSF e o casamento homossexual

Posições de populares que ouvi hoje no Fórum TSF sobre o casamento homossexual:

Funcionária pública: "Essas coisas não estão internadas nos portugueses" e "Qualquer dia aparecem 4 pessoas que querem casar umas com as outras"

Doméstica: "Os portugueses são na sua maioria católicos e não gostam de poucas vergonhas"

E só ouvi 10 minutos.

(actualizado)

NG